Templates da Lua

Créditos

Templates da Lua - templates para blogs
Essa página é hospedada no Blogger. A sua não é?

sábado, 20 de setembro de 2008

Surpreenda-me

Façam a seguinte experiência: entrem no Google e digitem a expressão ''Surpreenda-me'' ou o aquivalente em inglês ''Surprise me''. Sabem quantas referências vocês obterão? Mais de 30 milhões. Surpreenda-me, pedem canções, poemas, blogs. Surpreenda-me, pedem-nos as pessoas em geral. Com boas razões. Temos uma tendência irresistível para cair na rotina, para repetir as mesmas coisas, para dizer o que já foi dito, para olhar o que já foi visto. Por que fazemos isso? Em primeiro lugar, por temor ao desconhecido; no fundo, bem no fundo, achamos que as surpresas em geral são desagradáveis e que temos de evitá-las. Em segundo lugar, por comodidade e preguiça. É mais fácil seguir pelo caminho já trilhado. É mais fácil repetir a rotina. Isto pode até funcionar quando se trata, por exemplo, de um trabalho no qual a inovação não é fundamental; aí, ''more of the same'', mais da mesma coisa talvez seja inevitável. Mas quando falamos na relação a dois a coisa é completamente diferente. Qualquer paixão, por mais intensa que seja, acaba liquidada pela rotina. Muitos jovens sabem disso e se perguntam, inquietos: como renovar os sentimentos? Como descobrir o amor a cada encontro? A resposta está no ''Surpeenda-me''. Nenhuma novidade nisto: qualquer um sabe que uma história bem-sucedida, a história que arrebatará o leitor, é aquela que guarda uma surpresa para o final. Mas as histórias de amor que vivemos na atualidade não precisam esperar o final. A surpresa pode aparecer a qualquer momento: um lugar diferente, uma viagem, uma frase, um gesto. surpreender a pessoa amada é partilhar daquela emoção que tinham os antigos navegantes quando chegavam a um novo país. E, se navegar é preciso, surpreender também é preciso, para chegar ao país da duradoura paixão.(?) (Moacyr Scliar)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Excesso de palavras



Isso tudo são coisas, coisas que nós podemos amar, coisas banais. Mas não posso amar palavras. É por isso que não sou muito 'chegada' em doutrinas, não têm dureza ou moleza, não têm cores, não têm cheiro, não têm gosto, nada têm senão palavras. Talvez seja isso que impessa de encontrar a paz, talvez sejam as palavras em excesso. Porque também libertação e virtude, também Samsara e Nirvana são simples palavras. Nada existe que seja o Nirvana; apenas existe a palavra Nirvana.


Quem não se enquadra

Numa sociedade onde qualquer babaca quer virar celebridade, a figura do “ninguém” parece o melhor modelo de vida. E aqui não vai nenhuma pretensão estilosa do tipo “é legal ser diferente”. Porra nenhuma. O que eu penso é que simplesmente ninguém precisa ser igual.
Cada pessoa devia andar por aí rezando pela própria Bíblia, ou seja, fazendo suas próprias leis e fazendo uso de seu livre arbítrio. Mas não é o que tem acontecido. Assisto aqueles filmes americanos de turmas de universidade com aquelas indefectíveis fraternidades onde o cara passa por uma coleção inimaginável de humilhações apenas com o inacreditável intuito de ser aceito em uma fraternidade de babacas. Não é muito diferente das merdas dos trotes universitários brasileiros. Babaca não respeita geografia. Fico imaginando o que leva uma pessoa a essa necessidade doentia de ser aceito. E com o tempo me parece que em busca de aceitação as pessoas têm se padronizado de maneira assustadora e alarmante. Usam piercing, tatuagem (não que eu tenha exatamente nada contra o uso de piercings ou tatuagens, mas é que parece que grande parte das pessoas começam a usar apenas numas de copiar outra pessoa e aí é esquisito), o mesmo corte de cabelo, gosta das mesmas músicas e das mesmas roupas e emprega as mesmas expressões (“cocota”, “strondar”, “night”, “farpar” e outras que eu não consigo sequer repetir aqui sem ter o meu estômago revirado) e aí ele se sente parte de alguma coisa, é compreendido e aceito e não vira motivo de zombaria entre os demais, justamente por não ser diferente. Então o que acontece é muito simples. Se o sujeito tá num grupo onde o lance é odiar alguém, seja quem for, pode ser negro, viado, gordo, mulher ou uma chinchila, então o cara vai passar a odiar, ele nem sabe o motivo, é que a turma odeia e ponto. E se a 'turma' acha que é legal praticar artes marciais pra sair dando porrada em desavisados noturnos, então o cara automaticamente se inscreve numa academia e sai de lá mó Steven Seagal. OIOI
E acha legal sair de carro com uma ''cocota'' oxigenada (esses caras sempre andam com piranhas descerebradas que são apreciadoras de bravatas intimidatórias) e provocar o primeiro sujeito pacífico que eles cruzarem pela frente. Esses caras nutrem um profundo ódio por qualquer sujeito que consiga articular mais que duas frases inteligíveis. E as suas piranhas são as primeiras a aplaudir o massacre. Fala sério .-. Morram, idiotas ;D

pegue a sua no TemplatesdaLua.com